segunda-feira, 14 de abril de 2014

quarta-feira, 25 de julho de 2012

RESPONSABILIDADE


Aceite sua vida com vontade,
aceite obstáculos como parte da condição humana.
O que você quer dizer por 'Aceite sua vida com vontade
Navegue as ondas altas e também as baixas,

não se preocupe com perdas ou ganhos.
Isso é 'Aceitar sua vida com vontade'.
O que você quer dizer com 'Aceite obstáculos como parte da condição humana'?
Obstáculos são parte do seu aprendizado.
Sem obstáculos, como poderia haver vida?
Renda-se com vontade;
então, a você poderá ser confiado cuidar de todas as coisas.
Ame o mundo como a si mesmo;
então você poderá, verdadeiramente, cuidar de todas as coisas.
Tao Te Ching.

terça-feira, 26 de junho de 2012


Narciso, fascinado pelos encantos de Eco, exclama:



- Amo-te! Como és bela!...


E Eco limita-se a repetir as mesmas palavras em distorção ecóica da voz de Narciso.


Decepcionado com o que interpreta como indiferença e rejeição, Narciso retira-se, magoado e deprimido.


Recolhe-se à beira de um lago, carpindo a sua miséria – de amor não correspondido, de ser desdenhado.


E assim se queda, horas a fio…dias sem conta. Foi-se a paixão da sua vida, a mulher dos seus sonhos. Fica-lhe a tristeza infinda, o desânimo total. Só lhe resta aguardar a morte, olhos pousados na superfície das águas – que espelha a sua imagem de desalento. Mas da qual entretanto se enamora, reza a lenda; perdido no desencanto da relação desejada mas não vivida – a relação depressígena, que ficou aquém do desejo e do fantasma; e o sequente refúgio narcíseo."


Coimbra de Matos no Prefácio de Teresa Flores, Narcisismo e Feminilidade, Climpsi Editores




quinta-feira, 21 de junho de 2012

Foto - Roberto Tavares.
Copo de leite.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O Brincar & a Realidade

SONHAR, FANTASIAR E VIVER
"Utilizo o caso de uma mulher de meia idade que, em sua análise, vai gradativamente descobrindo até que ponto o fantasiar ou algo da natureza do devanear pertubou sua vida inteira. Tornava-se agora evidente que, para ela, existia uma diferença essencial entre o fantasiar e as alternativas do sonhar, por um lado, e o viver real e o relacionar-se a objetos reais, por outro. Com inesperada clareza, percebeu-se que, enquanto sonhar e viver pertenciam à mesma ordem, o devaneio era de outra ordem. O sonho ajusta-se ao relacionamento com objetos no mundo real, e viver no mundo real ajusta-se ao mundo onírico por formas que são bastante familiares, especialmente a psicanalistas. Em contraste, porém, o fantasiar continua sendo fenômeno isolado, a absorver energia, mas sem contrinbuir quer para o sonhar quer para o viver.(...)
Outra característica diferenciadora entre esses dois conjuntos de fenômenos está em que, embora boa parte de sonho e de sentimentos pertencentes à vida tenha probabilidade de se achar sob repressão, isso constitui algo diferente da inacessibilidade do fantasiar. Essa inacessibilidade está relacionada à dissociação e não à repressão.
D.W.Winnicott - "O Brincar & a Realidade" pp.45 e 46.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

DEVANEIO

Segundo o Aurélio, devaneio é um s.m. Capricho da imaginação; fantasia, sonho, quimera: "ela puxava-me para si e cobria-me de beijos, que me mergulhavam num longo devaneio" (Aquilino Ribeiro, Cinco Réis de Gente, p. 101).

quarta-feira, 9 de março de 2011

Melhores Frases

Melhores Frases
RT @ "Muita gente só aceita alguém em matrimônio por causa do patrimônio."

quarta-feira, 2 de março de 2011

Meus amigos.

“ Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Louco que senta e espera a chegada da lua cheia. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.”

Texto enviado pela minha amiga Márcia atribuído provamente a Marcos Lara Resende.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

"Orgulho e Preconceito"

-"Posso adivinhar o motivo do seu devaneio."

"Estive meditando sobre o grande prazer que um par de finos olhos no rosto de uma bela mulher pode proporcionar."

Jane Austen

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

EU - Ricky Martin

"Na Índia encontrei o que considero as três chaves da vida: serenidade, simplicidade e espiritualidade."

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Foto Maria Helena

Primavera...

Foto de Maria Helena


Que legenda vc. colocaria nesta foto?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O MUNDO DE SOFIA

"Mas o "teatro do absurdo" também pode ter traços surrealistas. Frequentemente, as personagens são enredadas em devaneios e em situações as mais improvaveis."
Jostein Gaarder

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CONFISSÕES DE UMA MÁSCARA

"Sentia dentro de mim um estímulo cada vez mais forte, e cheguei a devanear algo que pode ser considerado a pior das coisas que um homem é capaz."
Yukio Mishima

terça-feira, 31 de agosto de 2010

CONFISSÕES DE UMA MÁSCARA

"A vida de devaneios que consumia meu corpo exercitou e aguçou minha imaginação."
Yukio Mishima

quinta-feira, 20 de maio de 2010

"O tédio infinito diante da vida."

J. Cortázar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009


Série - realismo-mágico. "Sátiro". Autores Fernando Chaves e Rubem Soares. Técnica Acrílica s/ eucatex.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Pintura



Quadro pintado a "quatro mãos" pelos artistas plásticos - Fernando Chaves e Rubem Soares denominado "Elfo-bailarino". Técnica tinta acrílica s/tela. Em 2006.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Chet Baker

"My Fanny Valentine" para minha amiga Frau Stu.

domingo, 11 de outubro de 2009

Memórias de Adriano.

"Toda felicidade é uma obra prima: o menor erro a adultera, a menor hesitação a modifica, a menor deselegância a desfigura, a menor tolice a embrutece."
Marquerite Yourcemar

sábado, 10 de outubro de 2009

Rio de Janeiro



Floresta da Tijuca - Rio de Janeiro. Foto - Rubem Soares

Rio de Janeiro





Floresta da Tijuca - Rio de Janeiro

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Paul Cézanne


Outra obra de Cézanne sobre o mesmo tema - "A Montanha Sainte Victoire"

Paul Cézanne


A Montanha Sainte Victoire foi pintada por Cézanne quase uma centena de vezes.

Poemas líricos

Balada da Neve

Batem leve, levemente
Como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente,
E a chuva não bate assim...

É talvez a ventania;
Mas, há pouco, há poucochinho,
Nem uma agulha bulia
Na quieta melancolia
Dos pinheiros do caminho...

Quem bate assim, levemente,
Com tão estranha leveza,
Que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem gente,
Nem vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
Do azul cinzento do céu,
Branca e leve, branca e fria...
Há tanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça,
Pôs tudo da cor do linho
Passa gente, e, quando passa,
Os passos imprime e traça
Na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
Da pobre gente que avança,
E, noto, por entre os mais,
Os traços miniaturais
Duns pezinhos de criança...

Descalcinhos, e doridos...
A neve deixa inda vê-los,
Primeiro, bem definidos;
Depois, em sulcos compridos,
Porque não podia erguê-los!...

Que o que é pecador
Sofra tormentos, enfim,
Mas, as crianças, Senhor,
Por que lhes dais tanta dor?!
Por que padecem assim?!...

Uma funda turbação
E uma infinita tristeza
Entra em mim; fica em mim presa,
Cai neve na natureza...
- E cai no meu coração!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"Provérbios e Cantares"

Caminante, son tu huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino
sino estelas en la mar.

Caminhante, são teus rastros
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.

Machado, Antonio. "Poesias Completas". 14. ed. Madrid Espasa-Calpe, 1973

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Amor

Poemas Místicos do Oriente - Música de Marcus Viana, recitados por Letícia Sabatella.

O Amor

O Amor
Gibran Kahlil Gibran

Então, Almitra disse: “Fala-nos do amor.”

E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão,
e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:

Quando o amor vos chamar, segui-o,

Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.

Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino
Todavia, se no vosso temor,

Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus”
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,

Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;

De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.



sábado, 3 de outubro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

Mona Lisa


Foto


Vista aérea do Pão de Açucar


"Oblivion" - Astor Piazzolla

"Alone" - Sollima

Pintura abstrata - Rubem Soares


Stairway to Heaven - Led Zeppelin

F A D I G A

Estou tão cansada, tão cansada,
estou tão cansada! Que fiz eu?
Estive embalando, noite e dia,
um coração que não dormia
desde que o seu amor morreu.

Eu lhe dizia: “Deixa a morte

levar teu amor! Não faz mal.
É mais belo esse heroísmo triste
de amar uma coisa que existe
só para morrer, afinal...”

"Deixa a morte...Não chores... dorme!"
Noite e dia eu cantava assim.
Mas o coração não falava:
chorava baixinho, chorava,
mesmo como dentro de mim.

Era um coração de incertezas,
feito para não ser feliz;
querendo sempre mais que a vida -
- sem termo, limite, medida,
como poucas vezes se quis.

O tempo era ríspido e amargo.
Vinha um negro vento do mar.
Tudo gritava, noite e dia,
- e nunca ninguém ouviria
aquele coração chorar.

Uma noite, dentro da sombra,
dentro do choro, a sua voz
disse uma coisa inesperada,
que logo correu, derramada
num silêncio fino e veloz.

"Meu amor não morreu: perdeu-se.
Ele existe. Eu não o quero mais."
O choro foi levando o resto.
Eu nem pude fazer um gesto,
e achei as horas desiguais.

E achei que o vento era mais forte
que o frio causava aflição;
quis cantar, mas nãofoi preciso.
E o ar estava muito indeciso
para dar vida a uma canção.

A sorte virara no tempo
como um navio sobre o mar.
O choro parou pela treva.
E agora não sei quem me leva
daqui para qualquer lugar

onde eu não escute mais nada,
onde eu não saiba de ninguém,
onde deite a minha fadiga
e onde murmure uma cantiga
para ver se durmo. Também.

Amar a Arte

"Ama a arte porque de todas as mentiras talvez seja menos falsa".

sábado, 26 de setembro de 2009

Nem passado, nem futuro...

"O que importa é o aqui e o agora. Afinal que resta do verão senão uma rosa murcha."

Poema

"Coberta de lírios, irás docemente,
Coberta de lírios, com os olhos fechados,
Irás para o seio sem termo da noite, coberta de lírios!
Teu corpo pequeno,
Teu corpo tão puro
Irás para o fundo da morte sem termo,
Coberta de lírios, molhada no orvalho!
Tua voz apagada
No seio da morte,
No ar desta tarde que sinto chegando,
Cantará cantigas dos tempos de outrora,
Dos tempos dos lirios molhados de orvalho.

Tuas mãos tão geladas,
Tuas mãos tão úmidas,
Tuas mãos tão perdidas
No frio regaço da morte madrasta,
Tuas mãos que colhiam os lírios de outrora,
Molhados de orvalho,
No frio regaço da morte madrasta,
Tuas mãos que colhiam os lírios de outrora,
Molhados de orvalho,
Serão maltratadas, serão castigadas.
No frio silencio do seio noturno.

Ah! Deixa que o vento,
Que passa chorando,
Agite no ares o cheiro das matas.
Ah! deixa que os rios se turvem com os limos.
Ah! deixa que eu durma na noite esquecida.
Enquanto não colhes nos tristes jardins
Os lírios molhados do orvalho noturno,
Que irão enfeitar
Teu corpo moreno
Teu corpo pequeno
Que a morte tocou."

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

À Arthur Rimbaud

Mortal, anjo e demônio, ou melhor, Rimbaud,
Teu lugar no meu livro é primeiro como um prêmio;
Tu que um bobo escritor um dia esculhambou
Te achando um debochado imberbe, um verme, boêmio.

As espirais de incenso e os acordes do alaúde
Saúdam tua chegada ao templo da memória
Onde teu nome de esplêndido soará em glória,
Pois me amavas, se preciso, até a plenitude.

Serás para as mulheres, sempre, belo e forte,
De uma beleza assim, agreste e sedutora,
Tão cobiçada quanto desvanecedora!

E a história te erguerá triunfante da morte
P'ra que, apesar de toda a lama, o mundo veja
Teus pés intactos sobre a cabeça da Inveja!

À Arthur Rimbaud

Mortel, ange ET démon, autant dire Rimbaud
Tu mérites la prime place en ce mien livre,
Bein que tel sot grimaud t'ait traité de ribaud
Imberbe et de monstre en herbe et de potache ivre.

Les spirales d'encens et les accords de luth
Signalent ton entrée au templo de mémoire
Et ton nom radieux chantera dans la gloire,
Parece que tu máimas ainsi quíl le fallut.

Les femmes te verront, grand jeune homme très fort,
Très beau d'une beauté paysanne et rusée
Très désirable d'une indolence qu'ousée!

L'histoire t'a sculpté triomphant de la mort
Et jusqu'aux purs excès jouissant de la vie,
Tes pieds blancs posés sur la tête de l'Envie!

A Primavera chegou...